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O ano mal começou e o Galo já está eliminado das duas Copas que disputaria na temporada. E nessa nossa primeira coluna do ano não poderia deixar de abordar esses dois vexames que o time passou, na Copa do Brasil e na Sul-Americana. Mas também vamos falar sobre a vitória no clássico e a chegada do Sampaoli.
Vexames logo no início da temporada
Um time com o investimento do Atlético ser eliminado por Unión Santa Fé, time que terminou em 16° lugar no Campeonato Argentino, e por Afogados da Ingazeira, uma equipe de Pernambuco, que em 2012 sequer existia, é sem dúvida nenhuma uma das maiores vergonhas da história do Atlético. E não me venham com esse papo que futebol é emocionante por isso e que dentro de campo é 11 contra 11, porque principalmente se tratando da eliminação para o Afogados essas desculpas não valem. Era obrigação sim o Atlético estar classificado nas duas competições.
E após essa dupla vergonha, o esperado aconteceu. Rafael Dudamel, toda sua comissão e o diretor de futebol Rui Costa foram todos pra rua. Difícil defendê-los, mas em se tratando de Atlético e de Sette Câmara, ninguém ficou nada surpreso com essa decisão.
Uma vitória importante no clássico para começar a recuperação na temporada
Vitória sobre o rival colocou Atlético na zona de classificação do Mineiro (foto: Luidgi Carvalho/Agência Minas Esportes-AME)
Jogando no Mineirão e com o apoio de 90% de seu torcedor, o Galo bateu seu maior rival por 2 a 1, com um golaço de Otero, aos 47 minutos do segundo tempo. O time começou bem e foi um pouco melhor que o adversário no primeiro tempo. O Cruzeiro apesar de ter um time jovem e tecnicamente limitado, soube jogar o clássico, se defendia bem e marcava as investidas do Galo. Chances reais mesmo foram poucas, uma com Savarino, em um bom chute de fora da área obrigando o goleiro Fábio a fazer uma ótima defesa. Já a melhor chance do Cruzeiro veio em uma cabeçada de Marcelo Moreno, mas Victor fez uma ótima defesa. Mas aos 36 minutos, após uma cobrança de escanteio que a bola veio rasteira, o zagueiro Igor Rabello se antecipou a defesa adversária e marcou um belo gol de calcanhar para abrir o placar do jogo.
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou melhor e dando muito trabalho ao setor defensivo atleticano. Aos 21 minutos, Thiago marcou de cabeça o gol de empate, após uma bobeada da zaga do Atlético que só olhou o jogador cruzeirense cabecear. Melhor no 2° tempo, o Cruzeiro se defendeu bem e conseguia bons contra-ataques, mas falhava no último passe. Já o Atlético se mostrava um time sem organização. Mesmo com as entradas de Cazares e o retorno de Tardelli, o Galo ficava refém apenas das cobranças de falta de Otero. E foi do venezuelano o golaço aos 47 minutos da etapa final que decidiu o clássico e deu ao Galo os três pontos que o time tanto precisava para entrar no G4 e jogar o rival para fora da zona de classificação.
O Mineirão com quase 54 mil pessoas foi à loucura e explodiu de alegria após o balaço de fora da área. Mais uma vitória com a cara do Galo, com luta, sofrimento e emoção até o último minuto, e para quem assim como eu estava no Mineirão, apesar da dificuldade encontrada durante todo o jogo, saiu do gigante da Pampulha feliz e esperançoso com o início do trabalho de Sampaoli que se inicia essa semana.
Não podemos porém deixar de ressaltar a grande partida feita pelo Cruzeiro e o fato do Atlético mesmo com um elenco caro e de melhores jogadores ter tido muito trabalho para vencer o jogo. A vitória era obrigação e veio, mas com o futebol que o time vem apresentando nessa temporada, o técnico argentino terá muito trabalho pela frente para fazer esse time jogar bem.
O professor do giz de ouro
E começa essa semana a “Era Sampaoli” à frente do Galo. Nesta segunda-feira (9), o técnico argentino foi apresentado e já pregou sua filosofia de trabalho e o que quer da equipe daqui pra frente: Atacar, jogadores comprometidos, um time sem medo e que seja protagonista.
Sampaoli chega com banca de ser diferenciado e com estilo de jogo próprio, de muita intensidade e contra-ataques, características que há tempos não vemos nesse time do Atlético. A primeira missão do técnico deverá ser mostrar com quem irá contar no elenco e quem não fará parte de seus planos, e logicamente pedir contratações pontuais ao presidente.
O técnico argentino parece ter todo o apoio e suporte da diretoria para implantar no clube sua filosofia, e terá pela frente apenas a reta final do Mineiro e o Campeonato Brasileiro para fazer esse time jogar. Uma coisa é certa, ele não poderá reclamar de tempo para treinar e nem de calendário apertado, ou seja, com esse elenco e reforços que irão chegar, com o salário que ele chega ganhando, estrutura e calendário favorável, o G4 no Brasileiro é mais que obrigação. Daqui para frente nos resta mais uma vez apoiar, ter paciência e ficar entre os quatro do Brasileirão para que ano que vem, o time entre forte em busca de títulos maiores. Um abraço e ótima semana a todos!
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