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Pela primeira vez o Cruzeiro foi rebaixado para a segunda divisão.
O Cruzeiro teve o rebaixamento para a segunda divisão sacramentado na tarde do último domingo (8). A torcida ainda teve um pingo de esperança, pois o primeiro tempo do jogo contra o Palmeiras ficou 0 a 0, enquanto o Botafogo vencia o Ceará. Só que o time continuou jogando uma partida medíocre e tomou o primeiro gol no início do segundo tempo. Minutos depois o Ceará empatava a partida com o Botafogo, que culminou com a revolta da torcida e depredação do estádio em um clima de guerra.
O rebaixamento teve todo o roteiro bem executado por alguns atores. Os três nomes fortes do futebol, Wagner Pires de Sá (presidente), Itair Machado (vice-presidente de futebol que foi demitido) e Sergio Nonato (diretor geral que pediu demissão) “tomaram de assalto” o clube, com a conivência de boa parte dos conselheiros. O presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, também tem sua parcela de culpa. Interviu em um momento no afastamento do Itair Machado, mas ficou nisso. A tão aguardada reunião que afastaria muita gente foi cancelada, no famoso “acordão”. Depois do rebaixamento decretado, teve a cara de pau de dizer que quer participar da reconstrução do clube.
Já dentro de campo as coisas não saíram como todos imaginavam. O trabalho do treinador Mano Menezes ruiu depois de uma sequência de 18 jogos e apenas uma vitória, entre Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. No primeiro semestre, o Cruzeiro levou o Campeonato Mineiro e fazia uma ótima primeira fase na Libertadores, mas começou a desandar dentro de campo com uma forma de jogar excessivamente defensiva e reativa.
Vale ressaltar que o Cruzeiro de Mano Menezes nunca teve chance de título no brasileirão. Em 2015, quando ele veio pela primeira vez, chegou no meio da competição e conseguiu tirar o time do rebaixamento. Na volta ao clube em 2016, o mesmo contexto de afastar o rebaixamento. Já em 2017 e 2018, o Cruzeiro foi mero coadjuvante, porque o foco estava na Libertadores e na Copa do Brasil.
Mano Menezes saiu e chegou Rogério Ceni, que foi derrubado de forma covarde pela turma de jogadores paneleiros. A diretoria porca não respaldou o treinador. Rogério Ceni tinha a proposta de mudança, mas TN10, Dedé, Edilson, Robinho e Fred, os principais da turma da panela, não agradaram da ideia. Com a demissão de Rogério Ceni, a “passagem” para o rebaixamento foi comprada.
A chegada do Abel Braga era só para agradar essa turma paneleira, e como era esperado, não tinha como dar certo mesmo. Saiu após a derrota para o CSA dentro de casa e com direito a pênalti perdido de TN10. O treinador comandou o clube em 14 jogos, com três vitórias, oito empates e três derrotas. Após a saída de Abel Braga, Adilson Batista veio para comandar os três jogos finais, mas não teve condição de fazer milagre. O time já estava despedaçado moralmente, mentalmente e fisicamente.
O Cruzeiro teve todas as chances possíveis e inimagináveis para sair do rebaixamento durante a competição, mas falhou miseravelmente. Por todo o contexto vivido em 2019, não tinha como não ter outro resultado. A temporada 2020 será bem difícil, pois as finanças do clube estão comprometidas. Será um trabalho árduo para mudar a situação.
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