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Em jogo de vida ou morte na Libertadores, Galo vai morto para o vestiário, toma um choque de desfibrilador e volta para a segunda etapa ligado no 220 e consegue virada.
O palco era perfeito para a recuperação, Mineirão, casa cheia, torcida apoiando e o adversário era o mais fraco do grupo. Mas como o Galo sempre gosta de fortes emoções e de fazer seu torcedor sofrer, entrou em campo mostrando um péssimo futebol e já aos 16 minutos de jogo sofreu o primeiro gol marcado pelo atacante Gallardo, de cabeça, após erro grave de marcação de Igor Rabello. Para piorar e dar um drama ainda maior, aos 43 minutos, o sistema defensivo todo cochilou, e o Zamora armou um rápido contra ataque, Fábio Santos levantou os braços e ficou pedindo um impedimento que não houve e enquanto isso Paiva se aproveitou da bobeira geral do time atleticano e marcou com facilidade o segundo gol dos venezuelanos. Fim do primeiro tempo e o time vai para o vestiário ouvindo uma sonora vaia da torcida.
Na volta para o segundo tempo o time finalmente resolveu jogar e após uma jogada de pura raça e competência, Luan buscou uma bola quase perdida na linha de fundo, cruzou caindo no chão e colocou a bola na cabeça de Maicon Bolt que diminuiu para o Galo.
O gol colocou fogo no jogo, a torcida se empolgou, e no ritmo do “eu acredito”, Zé Wellison meteu uma cacetada no travessão e quase marcou um golaço. Levir Culpi mexeu no time e sacou Zé Wellison para a entrada de Nathan e tirou Elias para a entrada de Vinícius. A substituição foi boa pois não havia outra alternativa senão os 3 pontos, e com apenas 4 minutos em campo, Vinícius estava no lugar certo e na hora certa para desviar o chute de Ricardo Oliveira e fazer o gol de empate do Galo.
O empate ainda não servia, e aos 32 minutos, após jogada de Ricardo Oliveira pela esquerda, a bola bate na mão do jogador do Zamora na área e o juiz marca pênalti para o Galo. Fábio Santos pegou a bola e fez a única coisa que ele faz com qualidade, bateu o pênalti e marcou o gol da virada do Galo.
O que vinha se mostrando ser uma noite de terror e drama, passou a se tornar uma noite de alegria e superação. Aos 37 minutos, Luan saiu muito aplaudido para a entrada de Jair. Já nos minutos finais, Ricardo Oliveira ainda perdeu uma boa chance de ampliar o marcador.
Agora vamos analisar alguns pontos
O Atlético só depende de si para se classificar, mas perdemos o Réver para o jogo de quarta-feira fora contra o Cerro, e se o time mostrar novamente o futebol apresentado no primeiro tempo contra o Zamora a chance de classificação é zero.
Guga precisa mostrar mais; Igor Rabello tem que se posicionar melhor; Fábio Santos deve urgentemente melhorar em todos os aspectos, principalmente na marcação, pois mais uma vez ele foi totalmente envolvido pelos adversários; Elias precisa correr mais e ter mais raça; Cazares idem, faz um jogo bom e depois fica 10 jogos sem fazer nada. Já o Levir Culpi tem a obrigação de treinar melhor esse time, o primeiro tempo contra o Zamora foi visível a apatia, preguiça e falta de jogadas do time.
Enfim, essa vitória não ilude ninguém, muito menos a mim. Continuo entendendo que o time ainda carece de um armador camisa 10, de um lateral-esquerdo e um jogador velocista pelas pontas. Vamos aguardar e ver se Geuvânio poderá ser esse jogador. O Atlético entra em campo agora neste domingo pela semifinal do Mineiro contra o Boa e um empate classifica o time para a final do campeonato. Se não se classificar será uma grande vergonha, pois a classificação não será mais que obrigação. O duelo contra o Boa servirá como mais uma oportunidade de vermos se haverá alguma evolução no time. Como eu já disse anteriormente, renovem os estoques de calmantes e remédios para pressão, pois o ano está só começando. Grande abraço e saudações atleticanas!
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