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Cruzeiro 2×0 Atlético
No segundo jogo da final do Campeonato Mineiro o Galo entrou em campo se dando o luxo de poder perder por um gol de diferença para ser campeão, depois de ter vencido a primeira partida pelo placar de 3 a 1. O problema foi que esqueceram de avisar o time, que além de entrar em campo precisavam também jogar, e acima de tudo ter a cabeça no lugar, o que não ocorreu. Logo aos 3 minutos de jogo, o uruguaio Arrascaeta que adora fazer gol nos clássicos mais uma vez deixou sua marca e abriu o placar para o Cruzeiro. O lance começou em uma falha de Otero, que caiu sozinho e permitiu o cruzamento de Edilson, e terminou com a falha do goleiro Victor, após uma péssima saída de gol tentando cortar o cruzamento.
Como dito anteriormente, o Galo não soube ter tranquilidade com a vantagem no placar que ainda existia, e aos 21 minutos de jogo, Otero foi expulso direto após agressão ao lateral Edilson, que havia entrado com a sola da chuteira levantada e também tentou agredir o atleticano. Otero foi juvenil, bobo, imaturo, irresponsável, infantil, escolham o adjetivo, pois com esse ato tão cedo em uma final, ele desestruturou todo o esquema tático e plano de jogo da equipe para o restante da partida. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez o correto em expulsá-lo, mas foi bastante complacente em não expulsar também Edilson, que tentou no mesmo lance agredir Otero por duas maneiras diferentes.
No segundo tempo, o Cruzeiro marcou outro gol também no início, após falha bisonha de Fábio Santos, que conseguiu a proeza de perder a bola duas vezes, a primeira indo ao ataque e a segunda quando voltou para a defesa. Arrascaeta aproveitou a situação e tocou para Robinho cruzar na área para a conclusão de Thiago Neves. Com isso, foi-se embora a vantagem conquistada no primeiro jogo e o título ficaria dessa forma com o Cruzeiro. Larghi ainda tentou algo com as entradas de Roger Guedes, Blanco e Erik, mas de nada adiantou.
Opinião
A respeito dessa partida especificamente, nem precisa dizer o quanto a atitude tola de Otero prejudicou o time, o treinador e as pretensões ao título. Não se pode em uma final e no começo do jogo ser tão infantil, cair na pilha do adversário e fazer o que ele fez. Eu como presidente multaria o jogador para compensar o dano que ele causou a todos, inclusive ao clube que paga o salário. Outro fator importante para se destacar foi a forma como a equipe entrou em campo, tendo a vantagem na decisão o time entrou tenso, nervoso e jogando como se precisasse ganhar a partida. Após sofrer o primeiro gol, ainda tinha a vantagem, mas mesmo assim não soube segurar a bola, tocar, cadenciar, balancear a partida e atacar também, para tentar quem sabe um golzinho.
A postura do time foi medonha, e com vários jogadores experientes no elenco como Victor, Leo Silva, Elias, Ricardo Oliveira, Luan e Adilson, o time deveria ser mais cascudo, não cair na pilha do adversário e ser mais inteligente dentro de campo. Esperemos que essa situação sirva de lição aos que entraram em campo e também para a diretoria, que precisa contratar mais jogadores para a temporada 2018, principalmente laterais que não temos, um atacante reserva e que já pensem também em um zagueiro para o lugar de Leo Silva. Enquanto tivermos Patric, Samuel Xavier, Fábio Santos, Danilo Barcelos, Leo Silva, Elias dentre outros, a chance de ganhar algo é próxima do zero. Que esse ano possa ser um ano de reconstrução, de melhoria na saúde financeira e de aprendizados, para que 2019 possa ser melhor e com pretensões maiores.