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Depois da estreia na Libertadores e o clássico, que time é esse?
Pés no chão, assim deve ser a nossa caminhada depois de uma semana difícil (mas esperada), com dois jogos complicados para sabermos, afinal, que time é esse? Contra o Racing na Argentina, a análise foi que fomos bem, jogamos de igual para igual, com mais posse de bola, 54% a 46% por cento e mais chutes ao gol, 13 contra 11. Só que as falhas na definição do jogo e principalmente na defesa, “contribuíram” para a derrota de 4 a 2. Voltamos para casa cheios de questionamentos, afinal que time é esse?
Como disse o nosso capitão Henrique, graças a Deus tem o clássico para levantar a nossa moral. Mano mudou peças importantes no Cruzeiro para o jogo contra o time do Atlético: Léo de volta no lugar de Manoel, optou por Raniel no lugar de Fred (ainda lesionado) e Arrascaeta no banco, com Thiago Neves no seu lugar. Jogo difícil, truncado, mas o Cruzeiro se mostrou superior. Como tinha acontecido no “El Cilindro” por duas vezes, o Cruzeiro meteu uma bola na trave, dessa vez em cobrança de falta de Robinho, que na Argentina tinha feito um golaço em circunstância parecida. Como não aconteceu no “El Cilindro”, o Cruzeiro aproveitou a chance que teve cara a cara com o goleiro, dessa vez não era o experiente Sóbis e sim o garoto Raniel, que não desperdiçou e dançou na casa do América.
Tivemos também a entrada do lateral Edilson no clássico, ele que não pôde jogar na Argentina, mas no jogo de domingo só aproveitou o primeiro tempo, pois foi expulso no início do segundo tempo. Ainda viu o Romero entrar mais uma vez na lateral e fazer dela um parque de diversões, como joga esse moleque! Manoel que não foi nem relacionado para o jogo, viu o time jogar com um a menos e com várias bolas alçadas na área do Fábio. O que realmente espero que ele tenha visto é como afastá-las.
Dois jogos fora de casa para realmente iniciarmos o ano e começarmos a decifrar, que time é esse? O ataque contra o Racing e a defesa no clássico são os pontos a serem destacados. Mano já tem subsídio para trabalhar, no Independência não utilizou Sóbis e Manoel, tirou Arrascaeta para cobrir as pontas com Robinho e Rafinha. Por falar no artilheiro do time no Campeonato Mineiro, passa por ele a resposta de que time é esse. Mano Menezes deixou de utilizá-lo como arma no segundo tempo e o efetivou como titular nos dois grandes jogos do time até aqui. Nos onze ideal, Rafinha seria opção no banco, enquanto Fred, Arrascaeta, Thiago Neves e Robinho, titulares. O treinador deve basear-se no momento do jogador, na sua qualidade e se ele se encaixa no esquema que propôs. Mano viu tudo isso no artilheiro de momento, mas na primeira grande oportunidade ele falhou e perdeu um gol incrível contra o Racing, logo no jogo seguinte deu um passe preciso para Raniel fazer o gol no clássico. Não é o meu jogador predileto para o apito inicial, mas não vejo o seus treinamentos, espero estar errado, porque quem irá ficar no banco é grande demais para entrar só no segundo tempo.
Que time é esse? Guerreiro, aguerrido e técnico. Luta não faltou nos dois jogos, correu com placar desfavorável, com jogador a menos, em nenhum jogo maltratou a bola, o time sabe jogar. Agora sabemos quais peças se encaixam no tabuleiro, mesmo sabendo que quem as movimenta é o Mano e nem sempre estamos de acordo. Ele faz um ótimo trabalho e nós estamos com ele, mas contra a URT é liberar os titulares e colocar os reservas. Dedé, Marcelo Hermes e Mancuello precisam de espaço, serão importantes, principalmente o zagueiro. O time é tudo que esperávamos, contra o Vasco daremos a reposta se alguém ainda tem dúvida, que time é esse? É o Cabuloso meu irmão!
